Resumo
Este artigo focaliza nas práticas utilizadas pelos especialistas na formação de uma agenda para a primeira infância na Argentina entre 2015-2019, pois este foi um momento político marcado não apenas por uma mudança de governo, mas também por uma mudança de partido político, bem como por debates sobre o papel do Estado e de outros atores na definição da esfera pública. Com base em pesquisas etnográficas de doutorado, os especialistas foram analisados como corretores de conhecimento, que movimentam, traduzem e reúnem conhecimentos e agendas globais, mas acima de tudo redes de influência e vínculos, de modo que suas práticas constituam um trabalho relacional particular. A primeira infância, por sua vez, surgiu como um nó crítico e polêmico, que requer a produção de estruturas interpretativas e estratégias persuasivas, assim como a formação sustentada de alianças e redes ao longo do tempo.
Palavras chave:
especialistas; brokers; políticas públicas; primeira infância