Resumo

Este estudo teve como objetivo avaliar o potencial osteogênico de um compósito de hidroxiapatita (HA), alginato (Alg) e gelatina (Gel) em um modelo de defeito de tamanho crítico em ratos. Vinte e quatro ratos machos foram divididos em três grupos: um controle negativo sem tratamento (grupo controle), um controle positivo tratado com osso bovino desproteinizado (grupo DBBM) e o grupo experimental tratado com o novo compósito HA-Alg-Gel (grupo HA-Alg-Gel). Um defeito de tamanho crítico (8,5mm) foi feito na calvária dos ratos, e a formação óssea foi avaliada por análise de microtomografia computadorizada in vivo (µCT) após 1, 15, 45 e 90 dias. Após 90 dias, os animais foram eutanasiados e análises histológicas e histomorfométricas foram realizadas. Uma maior proporção de tecido mineralizado/biomaterial foi observada no grupo DBBM quando comparado aos grupos HA-Alg-Gel e controle na análise de µCT durante todos os períodos de análise. Entretanto, não foram observadas diferenças na proporção tecido mineralizado/biomaterial no dia 1 (pós-operatório imediato) em relação aos períodos posteriores de análise em todos os grupos. Na análise histomorfométrica, os grupos HA-Alg-Gel e controle apresentaram maior formação óssea do que o grupo DBBM. Além disso, na análise histológica, cinco amostras do grupo HA-Alg-Gal exibiram espículas ósseas formadas adjacentes aos grânulos do enxerto contra apenas duas das oito amostras do grupo DBBM. Ambos os materiais de enxerto garantiram a manutenção da espessura óssea do defeito, enquanto uma redução da espessura do tecido foi observada no grupo controle. Em conclusão, este estudo demonstrou o potencial osteocondutor do enxerto ósseo de HA-Alg-Gel, promovendo a formação de osso novo ao redor das suas partículas.