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Tratamento da tuberculose durante a pandemia de COVID-19: ações ofertadas e perfil dos casos

RESUMO

Objetivo:

Analisar a associação entre a oferta de ações de tratamento para tuberculose com as características sociodemográficas e clínicas dos casos durante a pandemia da COVID-19.

Método:

Estudo transversal, realizado com dados de fontes secundárias de 134 casos de tuberculose que realizaram tratamento em 2020 em Pelotas-RS. Os dados foram analisados por estatística descritiva, teste Qui-quadrado e exato de Fisher.

Resultados:

As ações menos ofertadas no período foram: três ou mais baciloscopia de controle (12,7%), baciloscopia ao final do tratamento (16,7%), radiografia de tórax no sexto mês (48,5%) e cultura de escarro (49%). O número de consultas médicas e de enfermagem não atingiram seis em 52,9% e 83,3% dos casos, respectivamente. A menor oferta de ações de tratamento esteve associada à: retratamento (p<0,001); comorbidades (p=0,023); infecção por HIV (p<0,001); transtorno mental (p=0,013); uso de substâncias ilícitas (p=0,018); imagem de tórax normal (p=0,024); e esquema especial de tratamento (p=0,009).

Conclusão:

Após a pandemia da COVID-19, é imprescindível investir no acompanhamento dos casos, principalmente daqueles em retratamento, com comorbidades, uso de drogas, radiografia normal e esquema especial de tratamento.

Descritores:
Tuberculose; Terapêutica; COVID-19; Acesso aos serviços de saúde

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